Oie! Antes de partir pra crítica de F1, quero deixar um aviso mais do que especial. Como alguns de vocês já sabem, eu estou grávida de uma menininha e ela está cada vez mais próxima de chegar! Estou super na reta final, então é bem provável que essa seja a última newsletter com a bebê no forninho.
Não pensem que eu vou sumir daqui, mas eu quero e vou dedicar os próximos meses à minha nova rotina e, por isso, a newsletter vai ficar desatualizada por um tempo. Volto em breve, prometo, porque o cinema sempre vai ocupar um importante espaço na minha vida, inclusive profissionalmente. Eu só preciso me organizar e aproveitar essa nova versão Barbara jornalista-cinéfila-mãe — não necessariamente nessa ordem. Estou bem animada com o futuro e espero encontrar vocês por aqui em breve. :)
Agora, bora falar sobre um dos lançamentos que eu mais estava empolgada pra conferir em 2025: F1, dirigido por Joseph Kosinski e estrelado por Brad Pitt, Javier Bardem, Kerry Condon e Damson Idris, estreia em 26 de junho. Assisti ao longa na pré-estreia organizada pela Warner Bros. Pictures — inclusive, acho que essa foi a minha última ida ao cinema antes de ir pra maternidade!
Fiquei feliz de ter ido porque, fora o fato de eu amar ir ao cinema, F1 realmente é um filme pra ser visto na telona, com um bom sistema de som e todo aquele pacote que já conhecemos. É uma grande experiência dentro do universo da Fórmula 1 — universo cuja técnica e detalhes eu desconheço, vale destacar. Queria muito assistir por motivos variados, e um deles é porque eu adoro filmes sobre carros. Adoro a emoção e a adrenalina que eles trazem.
O elenco também é um grande chamariz, claro. É encabeçado por Brad Pitt, intérprete do corredor Sonny Hayes, que deixou de correr após um grave acidente na pista. A trama gira do redor deste homem falho e, por muitas vezes, misterioso. Fora alguns flashbacks e o que alguns personagens dizem sobre ele, não conhecemos tanto sobre seu passado. Mas isso não é um problema: tal desenvolvimento mais “desapegado” funciona dentro de uma narrativa cujo maior brilho é o que acontece na pista, e não fora dela.
O elemento mais interessante da personalidade de Hayes se encontra justamente numa pergunta que se repete ao longo do filme: “afinal, é sobre o quê?”. O que significa correr em alta velocidade? O que faz com que esse ofício seja tão importante para o protagonista? A gente pode até não entender tanto, mas é (bem) legal acompanhá-lo em sua jornada silenciosa. Uma jornada solitária, mas intensa, à procura da catarse.
É por isso que gostei tanto filme: apesar de claramente se apegar à técnica do esporte em diversas cenas sobre a prática da corrida (algo que deve agradar fãs e conhecedores), F1 tem bastante coração e sabe disso. Não precisa ficar se explicando o tempo todo e aproveita o que o cinema pode entregar de melhor — imagem e som, combinados num belo dueto. As cenas de corridas são todas excelentes, emocionantes e muito bem montadas. A câmera que varia entre a perspectiva em primeira pessoa e planos mais abertos faz um bom trabalho de imersão, ao lado das caprichadas mixagem e edição de som.
Outro super acerto é quem está ao lado de Pitt! Bardem, Condon e Idris estão ótimos — especialmente o ator espanhol, que interpreta um antigo amigo de Hayes e é o responsável pelo reencontro do protagonista com a Fórmula 1.
Ah, e preciso falar que a trilha-sonora composta pelo veterano Hans Zimmer é ótima. Mas fiquem de olho: vocês provavelmente vão notar semelhanças com a trilha de Rivais, cuja assinatura é de Trent Reznor e Atticus Ross. Achei bem curioso.
Vão por mim: F1 é um espetáculo sensorial que vale a ida ao cinema. Lembrando que o longa entra em cartaz a partir de 26 de junho, hein?
Agora, vou desacelerando por aqui. Já já eu entro em uma nova pista: a maternidade.
Um beijo pra vocês, queridos leitores, e até a volta!